29 novembro 2009

Por uma noite


Todas as decisões condicionaram o acontecimento. O tempo parou e a luz tornou-se amena, a escuridão era o sol do momento, a noite o palco do acontecimento, todas as cores desde o laranja até o cizento uniram-se. Foi uma noite, foi um sonho real. O suspiro tornou-se em toque, o teu rosto era o espelho da tua alma, mas o teu olhar era o retrato do teu coração, naquele momento, naquela «paragem». Já pouco restava para evitar, o cheiro, o toque, o olhar, o romance. È forte, é inevitável, gritar o teu nome sem saber como será o amanhecer ... Os risos foram escritos e sublinhados novos medos (...)


"Já pouco nos resta fechar os olhos esconder os actos sem qualquer receio, ou angústia que nos prende a vontade de sentir o corpo com prazer, rasgas-me a roupa sem qualquer pudor e enquanto buscas o ar pela boca passeias teu cheiro no meu corpo, por entre os braços misturo tudo, após prazer o ficaremos mudo, sem saber, se é por uma noite .. "


28 novembro 2009

Quem serás?

Quero acordar num sítio, perdido
Cheguei lá de um sonho amarrado
Algo inexplicável eu quero explicar
Não consigo! É o meu olhar ..

Agora, estes dias que fugi
Percebi, que nada senti
A noite chegou ..
E a luz ? Iluminou o meu caminho.
Sei que não estou sozinho..

A tua iluminação é um medo
Que o meu coração teme
Mas .. deverei ficar ás escuras?
Precisarei de outro leme?

Será que sim? será que não?
A resposta está no coração
A racionalidade não é superior
Nem a sentimentalidade inferior





« Assim chegou a tempestade que tanto evitei, a dor pela qual eu sempre lutei (contra), não houve uma força, mas sim um acontecimento esperado mas evitado, e agora? »

25 novembro 2009

O eclipse do coração



Se fechar os olhos e sentir com o coração o que vejo é uma enorme perfeição imperfeita. Se abrir os olhos e pensar racionalmente o que sinto é um enorme paradoxo mental que o título "Banal" traduz a sensatez de solução. (Teoria da Felicidade)
Não irei generalizar. És uma luz, somente, uma luz. Não és uma central elétrica Muito menos, a luz que me ilumina. És um espaço iluminado que eu gosto de frequentar, de olhar, de abraçar (...) Por vezes, brilhas mais do que esperado, mas não será isso, um sinal? Mas.. Sinal de quê? Algo vai acontecer? Puff ! Serei um peixe, sem rumo, sem destino definido, serei um peixe de quatro-olhos, porquê? Saberei sempre quem está por baixo e por cima. Logo, não sejas lateral. Não sei o que faço no meio deste oceano, no meio deste rio, no meio desta ribeira, no meio deste lago. Será que estou destinado a ser «apanhado»? Se assim for, porque fujo? Se assim for, porque será que não aparece o dito pescador?
A tua definição está na minha racionalidade, porém, não se limita, será que transcenderá as barreiras do coração? Que o tempo traga respostas...





« È um sonho que me deixa ver-te, mas não me deixa amar-te »



O eclipse do coração


Sangue derramado em lágrimas ocultas
Palavras que custam a sair
Aliás, palavras que tendem a partir
Dores sujas, mal - lavadas

Fui um momento sem início
Fiquei sempre na frente,
Assim cai do precipício
E o teu coração? Ficou quente

A última folha rasgada,
A última linha do percurso
A dor que foi mal-amada
A minha voz era estrangeira
Proclamava um som russo
Assim, pisei todos os picos desta .. roseira (amor)



Sérgio Ribeiro


23 novembro 2009

Falácias da Filosofia


De um dia frio com a rapidez do costume, tornou-se num dia difícil em termos emocionais. Será que é tão difícil perceber? A arte de duvidar não passa somente pelo complexo, mas também pelo complicar, pois o que é complicado é complexo (...) Não quero ceder perante todos esses conceitos que me “tentas” impor, eu sou eu, não tu. A filosofia não é uma disciplina de sentimentos, mas sim de pensamentos. O que me tentas pregar não é suficiente para o teu ar conseguir ser o meu olhar. Não existe uma disciplina concreta para ‘estudar’ sentimentos e sabes porquê? Porque todo sentimento é um conceito irracional, sem explicação possível e, como tu defines, subjectivo. Como será que a filosofia explica um toque? Um olhar? Uma dor? Tudo tornou-se tão superficial, tão banal. Tudo é esmiuçado até ao limite, quando encontramos a explicação para tudo, esse tudo deixa de ser interessante, porquê não complicamos mais? Só porque encontramos a sua explicação? Porquê não complicamos de modo a evoluir cada vez mais? Enfim, tantas perguntas sem respostas. Deixei de acreditar numa Filosofia de perguntas! A filosofia questiona aquilo á qual a resposta é lógica e racional, e os sentimentos?. A felicidade não está na validade de um argumento, na verdade de uma premissa, a felicidade está na racionalidade sentimental. Pensamos que evoluímos cada vez mais, mas será que não estamos parados? Será que ninguém se apercebe que tudo é igual? Ninguém faz nada diferente? Se nada é diferente, nada evolui (...) A nossa evolução têm origem no nosso coração, na nossa alma. O Saber? Vêm depois. Primeiro sente depois pensa. Minha alma respira de alívio por saber que toda a minha vida são dogmas (...)


Nunca quis ser filósofo, nem coisa parecida, serei eternamente um «Poeta».

22 novembro 2009

Linhas Pintadas


Há medida que o tempo passa, torna-se difícil explicar tudo o que senti, naquele momento. Foram tempos chuvosos, tempos de grandes emoções, tempestades de sentimentos e sofrimentos. Porém, hoje recordo tudo com grande emoção, com grande Paixão. Agora questiono, todos estes momentos foram proibidos mas conseguidos, então porque foram erros? Não, foram momentos bipolares. Onde o que foi bom eu guardo, profundamente, no meu coração; e o que foi mau, esqueci e corrigi, só assim, evoluí. Pormenorizando, recordo-me daquele momento em que o meu coração ao teu lado acelerou, cometendo infracções, sendo o que não era, quebrando rotinas, em que «dançamos» devagar ao som da chuva. Os nossos rostos esvaziavam “lágrimas” que a chuva fazia escoar, os nossos olhos traduziam sentimentos ingénuos e conflituosos, os nossos corpos eram o espelho do frio que se fazia .. Hoje, nada me arrependo.. Nada não faria novamente, porque todos esses momentos proibidos, ainda hoje são o fruto do meu ser. Escrevi em páginas anteriores « um momento, nunca uma eternidade » será que assim sou? Tenho algo, pode ser eterno, mas no entanto, torna-se uma certeza totalmente incerta do qual não me faz arriscar. Talvez sim, talvez não que esta expressão «um momento, nunca uma eternidade» seja o título do meu coração. Pois, para algo não ser eterno tem que ser, somente, um momento. Logo, as questões nascem da bipolaridade das “coisas”.

( Em cada texto existe uma música que é o espelho das minhas palavras )


15 novembro 2009

Something inside

Em todos os momentos existem marcas do meu passado, tudo aquilo que eu já senti está lá presente. Uma simples melodia pode significar tanto no meu olhar, no meu coração, na magia do meu ser. Tudo aquilo que nos rodeia, tudo aquilo que nós somos é um delicioso conceito onde a extensão do mesmo não tem limites, tornando-se incompreensível. Há certas coisas que eu não consigo entender, logo, limito-me a senti-las, pois o que não é compreensível é mais puro e genuíno. Então, tudo o que não for compreensível eu quero para a minha vida, para o meu caminho.
Sou como um carro, onde, o meu corpo (carroçaria) é o meu objectivo de vida, e os meus sentimentos (motor) são os elementos para eu não ficar parado. Logo, eu sou movido a sentimentos. Se nada sentes, nada sofres ? Falácia! Se nada sentes, não existes.

/ um pequeno rapaz que tudo faz para ser capaz de gerar um clima de paz.


07 novembro 2009

Teoria da Felicidade


Se nada sentires, não sofres. Os sentimentos são a fonte da nossa dor, da nossa tristeza, do nosso chorar (...) Logo, se não existirem sentimentos, não sofres. Se não sofres, és feliz.
Se tudo sentires, sofres, mas és feliz. Apesar dos sentimentos trazerem infelicidade e dor são a fonte da nossa felicidade. Logo, se existirem sentimentos, és feliz mas sofres. Mas se sofres, és feliz?
È esta a minha questão. São estes argumentos que têm estado presentes no meu pensamento, naqueles dias chuvosos (...) Aprendi, com alguma credibilidade, que o número de suicídios deve-se á falta de sentimentos, á falta de algo que preencha estas pessoas sem rumo, é um vazio. Porém, porque não vamos ao fundo da questão ? Estas pessoas, tem um vazio porque? Porque alguém o deixou, porque alguém magoou, isto é, elas sentiram demais, e quando perderam todo aquele que fazia parte desses sentimentos, um grande vazio ficou. Então, a origem está na abundância de sentimentos.
Em argumentação, para resolvermos esta questão, ou seja, resolvermos este tremendo paradoxo, temos que apelar ao conhecimento do nosso cérebro e aos sentimentos do nosso coração, isto é, temos que encontrar um equilíbrio entre sentimentos e não-sentimentos. Assim sendo, a vida é um equilíbrio de sentimentos e objectivos, prioridades que devem ser definidas e os sentimentos têm que ser levados conforme a situação, porque todo o caso é único.


O amor nasce, quase sempre, de um clima frio.


Sérgio Ribeiro

02 novembro 2009

Qual será a próxima carta ?


As linhas dos novos rumos sempre estiveram lá, presentes em todos os momentos. Não encontro explicação nem razão para ter fugido daquilo que me fazia viver só porque me estava a fazer sofrer. Porém, encontro caminhos que derivaram de erros, caminhos que criaram um novo mundo, longe da terra, para eu viver. Porquê? Não sei. Sei sim, que devo temer as bases do meu caminho pois nestas estão presentes inúmeros erros. Não vou ficar parado ou sentado há espera que algo aconteça, não vou deixar que o destino tome conta de mim, nem daquilo que me rodeia. Vou lutar contra todos esses erros e corrigi-los para poder ser feliz, para poder viver e só assim vou sentir um rio perfeito. Um rio que não nasça no mar mas sim numa serra, não quero que tudo isto tenha inicio em águas turbulentas.
Encontrei, mais uma vez, pedaços da minha razão de viver, a definição do conceito, do sentimento que é o meu objectivo, a minha razão de viver, o «amor». Há medida que um sentimento aumenta a sua compreensão é menor. Tudo isto é filosofia, tudo isto é magia do amor. A regra é simples, quanto maior é a extensão de um conceito menor é a sua compreensão. Amor é tudo logo é incompreensível.



A próxima carta será um Às de Corações.

Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')