15 setembro 2016

everything

A psicologia humana é complexa. Não existe uma definição concreta dos nossos actos. Somos folhas derivadas de circunstâncias. Os nossos actos assentam no pilar das dinâmicas da sociedade, dos nossos interesses e das nossas crenças. 
Somos um conjunto de frases feitas e que inovamos em pensamentos, ideologias e crenças que outrora foram inovadas. Somos uma melhoria continua, da verdade, da crença, da mentira, de tudo.. Não somos uma folha vazia, mas não somos um livro cheio. 


21 dezembro 2015

Todos fazemos parte: + perto de ti

O som embala o sabor da derrota.
Amarrado à saudade da loucura que movia o coração frio e ardente de uma sociedade abraçada às melodias dispersas.

O som acelera.
Já não consegues perceber o fio e a linha condutora da tua imaginação. Sai.

[Dá-me mais 5 minutos.]
Pára. Sinto-me perdido nas cordas sincronizadas com o som da tristeza.

Quero estar mais junto de ti.
Onde mais posso ir?
Detrás da máscara que fingi
Os sentimentos tem que partir.



https://www.youtube.com/watch?v=eJSik6ejkr0

29 agosto 2015

Águas salgadas

Todos os versos são promessas incumpridas

Fix (me)

As luzes do anoitecer
As novas luzes do amanhecer
Assim acordo, assim desperto
E tu não estás por perto


Dá (quase) sempre

O som da melodia cresce
O timbre da força renesce
A força do olhar é uma fonte
Entre dois pedaços existe ponte

Oh renascimento! Que vento!
Tágides da força inesgotável
Um liquido ao olhar inflamável
Cansado, cansado eu sento

Volta, volta, fogo, terra, água e mar
As quatro forças do meu lutar
Contra maré e contra maré remar
Sozinho aprendi a nada
Sozinho irei lá chegar. 


07 julho 2015

Laços de gravidade

O sol é a estrela que ilumina
A terra é o planeta que recebe
Nesta estrada o meu fim culmina
Só a sociedade não percebe

O som entardece em chegar
Aquele belo som de embalar
Chegou a hora de partir
Para um buraco negro ir

A luz chama por mim
Alguma coisa teve um fim
Hora de deitar e fechar
Os olhos e sonhar

As palavras estão a escassear
A gravidade começa a puxar
É hora de tudo se fechar
Não há forças para remar

- a teoria do nada


06 maio 2014

Marinheiro? Marinheiro? Procuro bom porto.

Não quero saber das formatações e das palavras mal ditas.
A teia do conhecimento que transpiras pode ser a mesma que te amarre a um memorando de desentendimento. A tua procura por uma palavra, a tua investigação em busca de respostas que só traz infelicidade e constante desconfiança. A vida é assim. Dá voltas, e voltas, e mais voltas.
Sempre lutei por tudo o que queria, nunca nada me foi dado sem qualquer esforço da minha parte.
Perdi a vontade de viver, sem ti ao meu lado. Nunca cai tanto, nunca bati tanto no fundo.
Levou a minha alma, levou a minha vontade de viver. Tudo o que eu tinha foi contigo. Nem consigo mandar em mim.

Nem nas minhas próprias palavras acreditas. Nem em mim acredito.
Levou a minha vida.
Adeus, a todos.

15 novembro 2013

Não sei, nem quero saber

Olho para o profundo olhar das tuas veias, olho para aquilo que representas, para aquilo que tu és. Outros olhares podem ter a designação, outros olhares podem ter a imagem, mas o teu olhar é a essência. A experiência é como uma experiência turística, prolonga-se no tempo e termina no infinito. Tento dizer, com a razão, que não à minha emoção, mas o olhar resultante da batida do teu coração faz com que diga, com a emoção, sim à minha razão. Não quero dizer que te quero, porque poderei querer ainda mais. Deixas-me fraco, sem forças para continuar.. dói tanto, que apetece desistir de tudo e de todos. Quero fugir da rotina, quero fugir dos paradigmas, quero ser um turista eterno. Quero sair de cada lugar a cada momento, porque a vida é um momento nunca uma eternidade. Existe cousas que nunca ninguém, nem eu próprio, serão entendidas. Parte de ti represente o que outrora gente foi. Outra parte de ti será aquilo que é a essência, aquilo que o estado de embriaguez já não cura.

Tudo é como dantes, e nada muda, não são as designações, não são as formas, tu és a essência e isso nunca morrerá.

Acabou.

10 maio 2013

Mudanças?

As coisas não são aquilo que parecem ser. Existem correlações fortes entre a idade e as decisões, isto é por vezes é necessário tomar decisões difíceis em função de caminhos que são necessários para cumprir objectivos. Por mais que tentemos, os objectivos qualitativos nunca são apreciados, uma vez que vivemos numa geração que acredita mais em números do que em "emoções" e perspectivas. É sempre pedido para justificar-mos afirmações: porquê? Cada um é livre de dizer o que quiser e devemos de apelar ao bom senso para que quem escreve tenha cuidado com o que afirma. Estou farto de viver numa sociedade que precisa constantemente de credibilidade e veracidade para tudo, e sublinho tudo. Só com base em "cousas já escritas e provadas" é que podemos construir conhecimento, porquê? Gosto de construir algo de raiz  que seja 100% genuíno. Estou cansado, de ter que seguir sempre coisas padronizadas, e nunca apelar a mudança. O espólio de documentos padronizados, de vidas padronizadas e de sentimentos padronizados não são um modelo a seguir emocionalmente, mas um modelo a honrar racionalmente. Estou cansado de ter que escrever bem a minha língua, se é minha sou livre de escrever a minha língua como eu quiser. Estou cansado de ter que seguir os procedimentos para validação de métodos de avaliação dos comportamentos do ser humano, porque o ser humano não é uma máquina e não podemos estudar todos os comportamentos do mesmo! Fatores que influenciam o seu comportamento? TODOS!

Ás vezes, sou uma folha em que podem colocar que 1+1=2, mas também que 1+1+1-1=2, porque está verdadeiro. O resultado é igual, a forma de chegar lá é diferente. Mas o que será mais importante? O meio ou o fim? Posso ter um modelo de regressão: Y=mx, em que Y representa uma variável dependente, e o X uma variável independente. No entanto, o que é que varia em função de que? O Fim varia em função do Meio? Ou ao contrário? - pergunta retórica? - Vivo em função de objectivos mensuráveis e qualitativos. Aquilo que faço é em função dos meus objectivos. Logo, F(x)=mx, em que a variável dependente é a minha acção e a independente são os meus objectivos. Portanto, os meios variam em função dos teus objectivos. O que eu eu faço e tu fazes são acções resultantes das tuas origens e dos teus objectivos. Observa:

- Um jogador quer ser campeão.
- Para ser campeão é preciso ganhar.
- Para ganhar é preciso marcar golos.
Logo, um jogador marca golos.

O jogador marca golos porque quer ser campeão, ou seja toma esta atitude porque tem um objectivo. E todos nós somos assim, meras "máquinas sentimentais" que tomam atitudes em função dos nossos objectivos.

O amanhecer já não é igual e tudo tem um estudo generalista, e eu não encontro a secção em que encaixo. Cada vez é mais difícil preservar a minha identidade numa sociedade colectivista, em crise.  O sentimento de unidade está a ser levado ao extremo, com um caminho que percorremos todos juntos. No entanto, devemos de apelar ao nosso individualismo, à nossa identidade e à nossa caracterização. A recessão económica está a causar profundas alterações estruturais na sociedade portuguesa, e embora nos torne mais unidos (alguns!) também tem implicações nas identidades.

Pensamos que somos livres, mas não somos. Vivemos numa sociedade acorrentada pelo modelismo e pelas tendências que todos nós seguimos. Tudo o que tu vês, sentes, escutas, cheiras e tocas influenciam a tua decisão: pensas que és livre, mas não és. Nunca ninguém foi livre, porque se o for é vazio. Ser livre é tomar uma decisão, entre A e B, sem estar influenciado. Pensa numa situação que tenha ocorrido este cenário na tua vida - alguma vez? ... bem me pareceu que não! Ser livre, é ser vazio. Para tomares uma decisão sem influências, é porque não tens origens, é porque nunca viveste qualquer situação! Todas as tuas acções são tomadas em função de algo, tal como viver numa ditadura, tudo o que tu dizes é em função de algo.

Sou um pedaço de folha rasgada acorrentada a uma sociedade sem valores. Perdi pedaços de mim na ria salgada, de um mar repleto de histórias de faina, em que já nenhum Moliceiro me poderá trazer o moliço que necessito para cultivar uma nova história. Necessito de um Mercantel para fugir desta sociedade, e um Veleiro para fugir desta tempestade.




14 outubro 2012

Rabiscos

As imagens que rasgam neurónios num cenário frio e negro são aquelas que emolduram as memórias que perduram. Partis-te. No fundo, já não és mais que uma folha rasgada no tempo, um fio de passado. Um fio que fez sentido. No entanto, um pedaço de corda que segura todos os meus sonhos e promessas.

Quem és tu?

Noite estrelada

Cheio de emoções, aqui estou perdido. Na falta de racionalidade assim sou - uma folha à deriva.
Foi no toque que nasceu a ilusão e uma ferida junto das fendas do meu coração. Já pouco "nos" resta de sangue, venoso e arterial. Por quanto tempo é? Uma noite?
Não sei o que grito, porque não sei o que sinto. Não quero dormir porque tenho medo que seja um sonho, um sonho não-real. Este sangue azul, verde e laranja, não sabe para onde vai, nem com quem vai. Preciso de algo.. Não quero pensar. Não quero amarrar. Não quero respirar!
Quero rasgar toda a minha roupa, quero sentir-me nu de uma sociedade que cria condicionalismos nos teus sentimentos, nas nossas emoções.
Quero esconder-me dos olhares atentos, quero fugir, sozinho ou contigo?
Quero o sal que outrora tive. O sal daquela paisagem, daquele refúgio que penetrava na imensa florestação.

Este toque no meu coração embala uma melodia sem fala. Uma melodia que nunca terá um dia, mas sim uma noite. Sobre o céu estralado, sobre estados alcoólicos permanentes e sucessivos novas linhas foram escritas no meu coração, no meu pulmão direito: "Era uma vez.." Quero gritar - gritos mudos - para que todos saibam o que sinto, não o que eu penso. Não quero deitar fora os meus pensamentos, porque "pensar incomoda como andar à chuva".


Quero sentir, mas quero partir(?)




24 junho 2012

Notas soltas

Sabia que um dia iria reler inúmeras vezes as frases que construí. Hoje rio-me. Existe tanta evolução da minha linha de pensamento, mas ainda existe a mesma linha de sentimento. Desenvolvi-me racionalmente, tornando-me muito mais lógico e menos subjectivo. No entanto, ao contrário do que ocorreu na minha linha de pensamento, em que se verificou um aumento que conduziu a uma transformação, a minha subjetividade permaneceu inalterada. O meu "Caeiro" está aqui comigo - dentro de mim. Ainda existem as sensações, o toque, o olhar, o cheiro etc. Ainda existem as construções anafóricas e as rimas emparelhadas, interpoladas ou cruzadas. Não preciso de colocar um teste de hipóteses para provar que a minha composição emocional permaneceu igual. A hipótese nula não é rejeitada, ainda. Mas rejeito a hipótese nula que dita a decomposição da percentagem de composição do meu ser emocional. Confesso: sofro menos. Mas, sinto menos. Logo, poderei aceitar a teoria que outrora prescrevera: quanto maior é o teu sentimento maior é o teu sofrimento. Não vivo o dia a pensar que é o último, vivo a pensar no futuro. Cheguei ao mundo selvagem, em que o minimo detalhe te diferencia dos outros, tenho que lutar pelos meus objectivos. De que forma? Garra e lógica. Pois é, lá no mundo selvagem a Garra isn't enought!

25 abril 2012

UA.TUR.ENT.TAN.ALUVIÃO!

O tempo muda. O tempo cresce. Eu provei, estou mesmo vivo e luto pelo que amo. Mas serei eu mesmo um momento e não uma eternidade? Existem olhares, toques e emoções que eu não consigo controlar, porque quando somos jovens podemos voar. É neste pano verde que pinto as linhas laranjas em direcção ao meu futuro, porém essas linhas tem contornos pretos, tão preto como o que se usa num Enterro. Existem, eu sei que existem! Melodias essas que embalam o meu coração e causam um turbilhão de sentimentos neste meu pequeno batimento cardíaco. É necessário, gritar, saltar, saltar tanto como uma pipoca saltitante, beber, sofrer, e levantar. Por vezes, é fulcral deitarmos fora aquilo que já não está bem em nós, deitar cá para fora: a bebida ajuda. Essa loucura de emoções fortes, que em conjunto com o marketing, faz quase um ser humano sentir que  está num deserto e que vê pela primeira vez água potável.
Mas, eu tinha um plano em que nada disto fazia sentido - um plano a longo prazo. No entanto, as circunstâncias dos momentos mostraram-me que não, o cheiro de museu tinha que voltar. Será que voltou? As personagens são as mesmas e os nomes são iguais. O cenário é diferente, mais complexo e mais robusto. Tenho medo.
Esta vida de sonhos e promessas está estranha, muito estranha! :x

29 janeiro 2012

Porto de abrigo

Tenho medo. Estou onde quero e como quero. Mas, tenho medo. Por vezes, sinto-me "mais só, que sozinho". O medo de falhar, o medo de errar, e o medo de avançar tomam conta das células que me constituem. Pareço um cobarde a querer voltar para "casa", para o meu porto de abrigo. Aquele porto de abrigo repleto de cultura e saber, aquele lugar onde sou eu, sem influências da sociedade: é o sítio onde eu sou verdadeiro comigo próprio. Enquanto, o tempo voa, dou por mim desatinado, sem ter uma orientação fixa para o que realmente quero; sinto um turbilhão de sentimentos, de ideias, de seres. E agora Fernando Pessoa, qual é o heterônimo que tenho que criar para este ciclo?
Não tenho cor, e sinto dor. O grande problema de muitas coisas, é saber identificar aquilo que está a existir: os problemas, as amarguras. Mas eu não consigo identificar o que realmente dói. Sinto-me num mundo de falsidade, sem verdade. Por entre as paredes construídas pelos mais belos arquitectos, não consigo encontrar um novo heterônimo para a minha nova forma de viver. Vivo neste país, à margem da insolvência, que em vez de apostar em "marketing-mix", aposta numa "troika-mix". Vivo neste país, que tanto me orgulho pela sua história, pela sua inovação, por tantas coisas. Mas tenho medo. Não consigo livrar-me deste medo que me atormenta. Porquê? Porquê? Porquê?.
Tudo é cotado.
Já nada faz sentido.
Não existe margens, mas sim números exactos. A minha função tem como domino agora todos os números racionais, mas o meu contradomínio deixou de ser R. As coisas estão complexas, é uma mistura de inversas, de compostas, de logaritmos, é tudo. Tudo é contabilizado, nada é subjectivo.
Será que perdi a minha essência?

07 outubro 2011

O significado do ponteiro dos segundos

Não consigo encontrar uma forma de abafar o som enternecedor do ponteiro dos segundos. Só perspectivo uma forma: retirar a pilha; mas.. assim o relógio deixa de funcionar! (?) Por vezes, sinto a vida a passar ao lado de uma forma tão cruel e dura e fria. É nesse momento que conto os minutos para acabar o meu dia... É esse o extremo, o meu extremo: a indiferença, a melancolia, a nostalgia - a minha poesia. Conquanto, a minha constante  ruptura com o paradigma, transforma-me num ser renovado, transforma-me num animal feliz. Não pertenço a esta época, não sou fruto da moldagem do presente. Eu sou renascimento. Aquela magia ingénua, aquele subtil toque arquitecto nas pequenas habitações que davam abrigo a muitos renascentistas que defendiam os seus ideias com o coração e não com a razão. Então, como faço para o ponteiro dos segundos volte atrás? Pois, o meu coração ardente necessita de uma analepse. Eu quero viver no passado, porque o passado é uma certeza e o presente é um fruto do incerto que o futuro proporciona.


« Antigamente, sofria e sabia porquê. Hoje, sofro, não sei porquê, não sei de quê »

14 setembro 2011

cousas rudes

 Os anos passam, mas a vida não nos pode passar ao lado. A vida tem uma faceta aprazível, uma vez que se nós potencializarmos as nossas capacidades e competências conseguimos ultrapassar as barreiras que o "fathum" se encarrega de nos colocar ao longo da nossa caminhada. É neste contexto, mais que histórico por sinal, que consigo sustentar a teoria de que somos a união de vários momentos e de inúmeras vivências. 
 A amostra que observei, retirada do meu pequeno mundo, é evidente. A Média é variável e de fácil alvo a "outliers". No entanto, a Mediana é a medida de dispersão mais fiável: ainda existe amor entre humanos. Os quartis já não conseguem definir aquilo que é extremo em nós. É necessário encontrar novamente o equilíbrio entre a Mediana e a Média. No entanto, penso que não será possível, na medida em que existirá sempre um elemento diferente, um número elementar. A sequência que se pretendia foi atropelada pela era da nova tecnologia, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". Agora tudo se resumo a um "binário". Tudo é programado através de dois números: 1 e 0.
 É uma perspectiva perfeitamente refutável; agora já não são as emoções que nos guiam, que nos mostram o caminho e que nos fazem “voltar novamente a acreditar nas nossas possibilidades e potencialidades. Deste modo, o meu maior desejo é que, dentro de dois ou três anos, o tão propagado insucesso nacional seja um mito que já foi desmistificado. Um mito que já foi ultrapassado. Um mito que já foi superado. Um medo que já foi vencido. Um medo que não faz mais sentido. Tenho a certeza que tal acontecerá. É só uma questão de tempo." (in “O Medo do Insucesso Nacional, 2009, Esfera dos Livros, Álvaro Santos Pereira)

16 agosto 2011

O amor é a emoção das circunstâncias.


·         Hoje sou uma folha preenchida. Sinto que sou capaz!
Ás vezes a luz era trémula e mais o era quando proclamava o teu nome. Hoje, a inicial do meu nome está bem presente e o caminho ainda mais iluminado. Os ideais estão presentes – eu não fugi daquilo que desenhei, escrevi e pintei. É verdade que o meu hemisfério não é artístico, mas emocional, paradoxal e oximoro. Mas isso não será arte? Que antítese! É verdade também que já não sei escrever, pois só sei que nada sei. Conquanto, a única coisa que sei é sentir. Sou um perfeito vazio, que em nada é perfeito. Sou o único a não olhar o céu, e a reparar que levantas-te o véu e partiste. Sou o único que nada escreve, porque as articulações frásicas já não fazem sentido. Já não sou um todo, mas sim pedaços de um país multifacetado. Sou assim, um conjunto de circunstâncias em perfeita harmonia com a emoção de sentir. Sou um momento, mas nunca uma eternidade.
As interpretações são falácias. E é por isso que cheguei à essência da minha vida – ás vezes o mais óbvio é o que menos é. 

05 agosto 2011

olhar sofredor

As breves paisagens iluminam os raios de sol que tu guardas-te. A sombra do canto, aquele tão movimentado, era dourada, encarnada. (?) Aquele olhar trémulo que lançavas ao vazio era como uma voz muda que será atropelada, em cima de uma passadeira. O sofrimento e o vazio estavam em ti, desconhecida. Pareceu-me que parte de mim fugiu; encontrei-a de imediato em ti, junto desse teu coração rejuvenescente. São pequenos momentos que dão alento aquilo que ainda sou. Os momentos vão e partem, ficam e nascem, mas há certas coisas que incomodam como andar à chuva.  A cada ciclo, o meu subconsciente vai guardado cada pedaço teu, meu, de todos os pronomes pessoais existentes: eu, tu, eles, nós, vós e eles. Tudo é igual, mas circunstanciado de moldes variados. Será que é aqui que reside a simplicidade da vida? Se assim for, assim estarei cego. Foi esse teu olhar profundamente vazio que abanou o meu ser, porque quando tomas uma decisão todo o mundo sofre com ela, indirectamente ou directamente. Não consegues ser indiferente a nada, tudo te toca, tudo é tudo e tudo é nada. Tudo o que fazes, muda qualquer coisa. E se não fizeres nada? Se não fizeres nada, já estás a fazer alguma coisa...

São frases soltas, que me amarram as palavras, aquelas que eu ouvia, quando só tu falavas (...)


02 julho 2011

Um Aveirense

Quadrados de vida embalados no mais doce puro amargo «fado». Triângulos de vida amarrados a uma constante permanência de dilemas. Afinal o que é isto?
Os vectores da vida são aqueles que tu próprio crias em função dos teus objectivos e perspectivas para o teu «destino». Somos pedaços de um Mundo, com inúmeros interesses e variadíssimas contradições. Adoro oximoros, mas ainda amo mais paradoxos. Não creio nestas mentalidades actuais que se amarram ao conformismo e simples aceitação do modo como a vida se desenrola. É uma memória de amor que faz com que as mentalidades mudem, porque o «amor é tudo»; e eu só sei que nada sou, e também sei que nada sei. Não quero mais seguir as condições que me são impostas para ser bem sucedido. São poetas como Fernando Pessoa, entre outros, que me fazem perceber e entender a minha essência. Ás vezes, quero escrever o que me apetecer, mas aquilo que escrevo não é por desejo; é por, simplesmente, ser obrigado a libertar estes sentimentos agarrados ao meu coração. Muitas vezes, foi difícil ultrapassar as injustiças e as tempestades que o meu «fathum» se encarregou de me "atormentar". Vivi situações que me marcaram de forma muito negativa, em que as injustiças sempre foram algo que sempre quis denunciar. É este meu coração patriótico que pede à nova ministra da Justiça, que para, escute e olhe para as problemáticas que o país vive.
São pequenas linhas de divergência que o meu texto relata, mas é assim que eu escrevo, porque eu não sou esquematizado, sou desorganizado e amarrado a um leque de emoções. Porém, aquilo que a sociedade vê é aquilo que eu não sou, pois aquilo que sou, ninguém sabe, nem eu próprio.

« Uma vida de sonhos e promessas, que mesmo depois de muitas tempestades, conseguiu vincar logo, na 1ª etapa, é hora de reflectir e continuar a trabalhar para vencer a 2ª etapa, vai ser difícil? Vai! Mas se não o fosse, eu não queria estar aqui. »

25 janeiro 2011

Suave toque da guitarra no meu coração embala

Está escuro.
A luz do sol é corrompida no limiar do luar da noite.
É na luz da noite que os sentimentos começam a representar, nos inúmeros palcos da vida, é à noite quando estás sozinho que vives os teus melhores momentos;
É a manifestação do teu ser, é a manifestação de um turbilhão de sentimentos sem quaisquer direcção.
Espera. Sabes.. Podes ser perfeito naquilo que fazes, mas se não o fizeres com o coração nunca existirá perfeição. Quando fazemos as coisas com a mínima sabedoria e com uma força inexplicável o resultado será sempre o melhor. Estás a ver aqueles cantores todos cheios de requisitos? Não me tocam. São modas que me passam ao lado. A música têm-se tornado numa indústria. As indústrias não foram feitas para fomentar a cultura do ser intelectual mas sim, tal como tudo hoje em dia, para desenvolver a economia nacional. Recordas-te dos anos 80? O auge da música até os dias de hoje. São músicas com sentimento com dor e amor. Não com dinheiro e modas. Conquanto, ainda existem pequenos cantores que sem modas e dinheiro, vão encantando o meu coração com músicas bonitas, sentidas e nostálgicas.
É então no limiar da noite que perco as forças, após um dia recheado de momentos bons menos bons, que adormeço para amanha acordar com novas forças, ou seja, renascer a cada dia, porque cada dia é diferente do anterior, e, sendo assim, quero ser um «eu» novo a cada hora, minuto e segundo.

Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')