26 janeiro 2010

A recordação de um coração

Coração partido, vida repartida
Vida dupla, coração uniforme.
A minha alma é seduzida,
A minha sede, vira fome.

O pensamento? Já não leva ao sentimento!
Lágrimas de sangue eu derramo
Perdição e pecado, o maior pecado!
Não quero que ninguém receba este recado!

Algo "impuro" em mim morreu
Tudo de mim, o meu coração te deu!
Agora é hora de partir...
Acabou o ódio e amargura, é hora de seguir!

Pois, a luz já não é a mesma
Serás, a cola dos pedaços do coração.
És um largo livro de folhas em resma.
Não podes ser um paradigma, não és razão.


Sérgio Ribeiro
26 de Janeiro de 2010 













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20 janeiro 2010

O silêncio das Palavras

- Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.


Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.


Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.


Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.


Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo. 



José Saramago

14 janeiro 2010

Alegoria da Caverna

Sou um ser que nada sei.
Não sei porque questiono o que nada sei (...)
Agora, sou mais leve que uma Pluma, mais rápido que um pássaro, mais feliz que a felicidade.
Quem sou eu, para afirmar determinada coisa? Se tudo o que eu digo é falácia? Puff ! (sorrindo, calmamente, desfruntando a bela música "The Drugs don't work") Quem sou eu, para criar uma Teoria da Felicidade? Quem sou eu, para criar um argumento sobre amor? Mas, no fundo, quem sou eu?
Ora bem, o meu nome é Sérgio Manuel Ribeiro Miguel, neste momento, tenho 17 anos, e o meu signo é Virgem. Nasci em Aveiro, e sou um autêntico Gafanhão. O meu estado, neste momento, condiciona-me. Pois, e se eu quisesse votar? Porque não poderia? Porque ainda não tenho 18 anos. Enfim, um exemplo que espelha a nossa completa amargura pois somos amarrados ao que nos impõe.

(Mudando, a bela melodia "Homem do Leme - Xutos e Pontapés" surge .. )
Imagina-te, livre, sem dinheiro, isto é, imagina-te o mais livre possível que conseguires.
O primeiro passo é viveres num estado selvagem.. Conseguirás?
Pegar no que quiseres (estás a ser livre) e rumares em direcção ao que mais desejas. Qual é o teu maior sonho? Segue-o! Sê o homem do teu barco, pega no leme, verás que o Vento te levará onde tu desejares, os caminhos és tu que os escolhes. Não tenhas medo do desconhecido, depressa te habituarás, não rejeites tudo à primeira, lembra-te tudo tem dois pesos e duas medidas.

( Uma pérola dos Oceanos derrepente surge .. "Espelho de Água - Paulo Gonzo")
Para sermos felizes, precisamos da Sociedade que nos rodeia. Saberás porquê? Ela nos ensinará tudo aquilo que saberemos, ela formará a definição do nosso ser, será as cousas do nosso viver. Então, sozinho não serás feliz porque é uma necessidade básica sabermos quem somos e sabermos, sobretudo, o que estamos aqui a fazer e para tal necessitamos da Sociedade para nos dar respostas.
Então, segundo tudo o que já tentei afirmar, isto é, os meus novos conhecimentos, necessitamos de um equilíbrio para sermos felizes. Não viver sempre em sociedade, nem viver sempre isolados da sociedade.
Todos nós temos duas faces, basta conjuga-las na medida em que nos irão propulsionar uma bela maneira de ser felizes, do nosso coração amar...



"Só sei que nada sei", mais uma vez afirmo.

13 janeiro 2010

Quem saberá?

Quem sou eu, sem recordações? - "Viver é recordar", será mesmo?
Tantas pessoas que já pegaram a minha mão e disseram que estariam por perto, que ficariam sempre ao meu lado. Promessas que faziam em busca de algo (...) Acabou tudo por "fugir".
Ou terei sido eu, que mudei de sala? - Por tal, afirmo que a minha vida é linha de promessas e sonhos mal - amados. Está na altura de rasgar páginas, mas porquê? São as minhas recordações. E quando essas recordações interferem no presente (que um dia mais tarde vai ser uma recordação)? - não entendo (...) Se recordo vivo. Mas para recordar é preciso viver. Então sempre que estou a "viver", estou a recordar? - O nosso coração será um universo e memórias? - Existirão memórias eternas?

12 janeiro 2010

Eros

O amor é a força superior da terra, é a mais poderosa de todas as forças.
Caos é designado na Ciência como tudo é um, transfomou-se num Cosmos, segundo os antigos Gregos que lutavam por encontrar a explicação da nossa existência. Este "Cosmos" era um conceito que abrangia muitas cousas. Todas elas estavam desorganizadas, num espaço indeterminado, sem lugar certo. Não existia uma ordem específica para ordenar todos estes conceitos. Porém, essa força (ordem) surgiu. As tempestades desapareceram, as chuvas moderaram, o sol equilibrou as suas temperaturas, o mar lentamente acalmou-se.. Instalou-se um clima de estabilidade, um clima de equilibrio... Todas as cousas se uniram e formaram um ciclo, Caos-Cosmos-Universo. Foi assim, que toda a desorganização se tornou num Universo: um conjunto de coisas, uma diversidade universal.
Agora pergunteis vós, qual foi a força que impulsionou toda esta transformação? - O Amor

Os gregos são das civilizações mais antigas, civilizações que viveram num espaço mais distante de nós e à beira do ínicio do mundo. Segundo o meu olhar, isto é, na minha prespectiva, quanto mais um argumento, pensamento ou tese é próxima do ínicio do mundo, mais ela é verdadeira, mais ela é AMOR.
Pois, à medida que o tempo passou, o mundo mudou. O amor ficou perdido nas belas doces palavras dos antepassados. O mundo tornou-se uma actividade económica sem qualquer espaço para sentimentos. É preciso um novo caos!
A culpa do estado do mundo, não é dos idosos, nem dos jovens, nem de ninguém.. A culpa não existe. É um ciclo, precisamos de morrer para renascer e voltar a viver Felizes. O Universo está no fim da sua vida (...)

10 janeiro 2010

Renascimento II

A história revela que em outros tempos, nomeadamente, na epóca do renascimento, os nossos antepassados revolucionaram o mundo, fizeram o que ninguém, outrora, decidiu fazer. Fizeram tudo aquilo que ninguém pensava, seguiram o seu coração não só a razão. Inspiraram as suas melodias nos sentimentos, na diferença, criaram mitos, seguiram mitos, inovaram nas áreas mais caracterizadoras da sociedade.
Porque proclamo sobre tal epóca? Porque é a epóca histórica caracterizadora do meu pensamento, de todo o meu sentimento. O nosso mundo precisa de renascer para viver, precisa de uma luz que nos ilumine... A luz do pensamento! Porque direis vós que estamos em constante evolução? - Nós evoluimos naquilo que é desnecessário para a felicidade... Nada no mundo está «perto da perfeição». Cada um de nós, tem um dom, uma arte que deve ser explorada, por vezes, perdemos grandes artistas pois estes não são aproveitados. Nós, jovens, somos o futuro desta nação e devemos seguir estes homens do renascimento: revolucionar tudo aquilo que está mal! Por sermos condicionados pela sociedade, é que não conseguimos ser felizes. Não desistas do teu sonho... Os renascentistas lutaram por nós, pelos nossos sonhos. Pela nossa Fé!

Velejando

Um rio perdido nas águas profundas
Uma magia perdida na poesia
Tudo por ti eu fazia ..
Agora são páginas perdidas!

Numa proxima vez, eu
Serei um ser diferente.
Um ser que morreu (...)
Um ser que não sente!

Não conseguirei, não vale a pena
É mais forte do que eu, o sentimento
E não será diferente nesta cena.

Lágrimas do meu coração eu rebento
Esta dor não tem emenda.
E felicidades eu não invento.





31 de Agosto de 2009

Tennessee

A minha vida é uma linha de sonhos e promessas destruídos, apagados e mal-amados.

Homem do Leme II

O mar, perto da costa, divagando os pensamentos do Homem.
Esse Homem, serei eu?
Sou um Homem, mas, sobretudo, um Homem do Leme.
O leme é o guia do barco, não a sua força, os horizontes devem ser conquistados por quem embarcou. Não estou sozinho, não faria sentido, navegar em vão. Para me guiar a mim, tenho que guiar os outros. No fundo, estou a ser egoísta. Não é o que seremos todos? - A luz que me guia, é a luz que vos guia. O calor que me aquece, é o calor que vos aquece. O sofrimento que sofro, é o sofrimento que vós sofreis. A fé que me guia, é a fé que vos guia. A magia que me enfeitiça, é feitiço que vos provoco. No fundo, sou culpado por tudo o que vos acontecerei. Sou a cara que leva as culpas!
Sou um ser, que tende em sofrer. Sou igual a todos vós, porém, existe um ponto que não é comum. Eu tenho o leme e vocês o barco. Tal como vocês precisam de mim, eu preciso de vocês. Sem vocês, eu não faço sentido, sou como um objecto perdido. Sem mim, vocês são um barco sem rumo.
Sem a minha luz, vocês são um rumo perdido, um barco rumará no escuro, ofuscará todos os brilhos. Eu, sem a minha luz, sou uma alma sem rumo. Tudo neste Homem nasce do fundo do ser, mesmo que a vida seja sempre a Perder. Sou um lutador do impossivel, um sonhador do invencìvel.



Será.. tarde demais?

08 janeiro 2010

Try again

A razão não provém do coração. A razão é gerada pela racionalidade do incorrecto ou correcto. Os sentimentos são a fonte de inspiração do meu coração. Logo, tudo pode ser questionado e “contra-argumentado”. O meu olhar pouco quer saber se existem falácias no que sinto, paradoxos no que digo ou até erros lógicos (...). O que é que realmente é importante enquanto eu tiver vida? O que é que eu quero fazer da vida? – A vida é feita de momentos, sonhos, desejos e apetites; à medida que eu vou crescendo vou tornando-me um ser, cada vez mais, condicionado pela sociedade e pelo meu passado. Então, o meu instinto afirma que deseja ser livre, deseja ser um ser sem condições, deseja ser livre para voar. Porque é que o “céu” é ilimitado e a “Terra” delimitada? Deveria eu viver no céu?
- O primeiro objectivo da minha «missão» é ser livre, como meio de descobrir o que é o amor.

When it rains...

Para ser feliz não posso ser condicionado pela sociedade. Se formos livres, isto é, vivermos sem condicionalismos, somos felizes. Logo, se vivermos isolados somos felizes. Mas sem as pessoas em nosso redor, ou seja, sozinhos, conseguimos ser felizes? - Paradoxo
Então, para sermos felizes temos que apelar ao equilibrio da nossa vida e tentar, por vezes (quando necessitamos) sermos livres (viver num estado de natureza pura) e, por vezes, (quando necessitamos) agirmos em função da sociedade em que vivemos.

O mundo está todo mal, tal como nós, Portugueses - Somos maus em tudo. Logo, as nossas bases estão incorrectas e, por isso, questiono tudo aquilo que me dizem até ao fim, pois para me "domarem" é preciso mais que um argumento, mais que um facto, mais que um olhar, é preciso uma emoção que provoque uma mudança no meu coração, não somente uma razão.  Independentemente do que proclamam, "o que sei é que nada sei"! Não sei porque é que as pessoas seguem modas... Não sei porque é que as pessoas utilizam argumentos de modo agradar um "terceiro" em vez de tentarem lutar pela sua felicidade! Porque afinal estamos aqui, PORQUÊ? - Estamos neste mundo com a missão de encontrar a solução para sermos felizes, pelo menos, eu luto por isso.



- Sou uma falácia, mas uma falácia FELIZ.

04 janeiro 2010

O argumento do amor

Era uma vez ... Um pequeno rapaz alegre, lutador, sonhador, mas, sobretudo, quase sempre era do “contra”. Uma vez, numa aula de filosofia, a professora enfrenta o aluno afirmando que este no seu discurso argumentativo utilizava falácias sofistas. O aluno indignado com tal afirmação parou e pensou: sim, eu cometo falácias sofistas! De seguida, os seus olhos brilham e o seu corpo enche-se de amor, respondendo à professora:

- Sim, a professora tem toda a razão. Mas deseja que eu justifique as minhas falácias com um argumento válido e verdadeiro? – A professora corresponde com um pequeno “abanar de cabeça” indicando que estaria interessada na tal justificação.
- Eu cometo falácias num discurso argumentativo porque tudo em mim é amor. O amor é falacioso. Logo, eu sou uma falácia. Sou um erro de argumentação que nem sequer a força mais súbtil do mundo (amor) consegue domar, pois eu sou essa força e nada em mim vai mudar a cerca da minha “base” de vida, pois é aquilo que fui e hoje sou.


« Amor é o estado supremo da sentimentalidade »




Sérgio Ribeiro

03 janeiro 2010

Love actually - Parte 3

Era uma vez... Um príncipe encantado onde o seu coração foi atropelado, arruinado, amarrado a sete chaves, onde o seu coração tinha congelado nos glaciares frios do Oceano Pacifico. A sua vida nem sempre foi fácil, navegou o Cabo da Boa Esperança com a fé de encontrar a felicidade noutro lado do mundo. Quando finalmente chegou a bom porto, algo mágico aconteceu, uma “bruxa” encarregou-se de lhe lançar um feitiço, o pior(ou melhor?) dos feitiços, o feitiço da paixão, o Feitiço do Amor. A sua princesa esperava sua chegada acidentalmente, o seu coração doce e belo, nunca antes amado, esperava o seu Príncipe encantado, tal e qual, as mais belas histórias de amor (...). A rapariga pela qual este Homem se apaixonou é uma donzela sem igual, uma história sem final, um sentimento fenomenal com um olhar irreal. O príncipe proclamava as mais belas doces músicas com a esperança de encontrar sentido para o que sentia sempre que olhava para a mais bela das mais belas raparigas... Não conseguia encontrar, em termos lógicos e filosóficos, o motivo das reacções do seu corpo, o motivo dos seus desejos. “Foi feitiço o que é que me deu para gostar tanto assim de alguém como tu...” era a expressão que o seu coração gritava, era a tela que o olhar desenhava, e era o que o corpo desejava. Assim, aconteceu o amor, sem motivos ou sequer razões, o príncipe conquistou a sua amada, os momentos surgiram, não existiam eternidades, cada momento era diferente! Assim o belo doce coração que outrora era gelo, depressa se tornou num degelo: Um coração ardente.

02 janeiro 2010

Love actually - Parte 2

Amar é perder, amar é ganhar. Amar é o que faz a vida rodar, é o verbo que não deixa a nossa vida parar. É o verdadeiro sal da nossa vida, a base de tudo, a pirâmide do auge. Tudo começa numa pequena emoção, que não sabemos explicar, que o nosso corpo começa a tomar atitudes estranhas sem explicação (...). Com o tempo, a emoção torna-se sentimento, entre muitos dilemas e provas, o amor cresce e fortalece-se. Existem vários tipos de amor, existindo o mais forte, o líder: Amor conjugal. Esta estripe deste sentimento é a mais difícil de combater, poderás lutar contra tudo para esconder este sentimento, mas nunca conseguirás, o teu olhar irá denunciar-te ou até mesmo um acto teu. O teu coração parece que dispara quando o amor é verdadeiro; nunca poderás definir o que sentes, mas poderás identificar o teu sentimento. O amor verdadeiro acontece naturalmente; não és tu que o crias, é o destino que se encarrega de juntar dois corações, em circunstâncias totalmente relacionadas com a união, os acontecimentos até à palavra «amor» não são provocados intencionalmente, é o sentimento que proclama; é o sentimento que chama (...). O amor verdadeiro está por todo o lado, mas é a palavra, o sentimento e o seu verbo, que são as espécies mais raras em todo o mundo.

01 janeiro 2010

Love actually

A tese da minha vida é o amor. Pensei um dia tê-la concluído; pensei que a minha missão como uma vez escrevi “a minha missão é o amor” tinha acabado, mas não, estava errado, felizmente. Estou aqui pelo amor e só pelo amor. O amor é o único sentimento que nasce livre, que nasce sem condicionantes, por isso é a força mais poderosa do mundo e poucos são aqueles que identificam a sua força. Amor, para nascer, não pode ser forçado pois assim não é amor, amor não nasce de razões nem motivos, este sentimento é um complexo sistema de ligações entre pessoas e por isso só quem o sente o compreende. Poucos são aqueles que compreendem as armaduras do amor, poucos são aqueles que interiorizam a força do «amor». Esta palavra, que todos tentam procurar a definição, nunca terá uma explicação vinda do coração, pois este não consegue explicar o que sente, só ele sabe o que sente; não tem o poder de usar as palavras como espelho do seu bater. Voltei a viver, porque voltei a acreditar que o amor não faz só sofrer. Voltei a viver, porque encontrei a felicidade para além de objectivos. Encontrei a felicidade porque encontrei o meu «eu». Encontrei a felicidade, porque o amor aconteceu...

Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')