25 janeiro 2011

Suave toque da guitarra no meu coração embala

Está escuro.
A luz do sol é corrompida no limiar do luar da noite.
É na luz da noite que os sentimentos começam a representar, nos inúmeros palcos da vida, é à noite quando estás sozinho que vives os teus melhores momentos;
É a manifestação do teu ser, é a manifestação de um turbilhão de sentimentos sem quaisquer direcção.
Espera. Sabes.. Podes ser perfeito naquilo que fazes, mas se não o fizeres com o coração nunca existirá perfeição. Quando fazemos as coisas com a mínima sabedoria e com uma força inexplicável o resultado será sempre o melhor. Estás a ver aqueles cantores todos cheios de requisitos? Não me tocam. São modas que me passam ao lado. A música têm-se tornado numa indústria. As indústrias não foram feitas para fomentar a cultura do ser intelectual mas sim, tal como tudo hoje em dia, para desenvolver a economia nacional. Recordas-te dos anos 80? O auge da música até os dias de hoje. São músicas com sentimento com dor e amor. Não com dinheiro e modas. Conquanto, ainda existem pequenos cantores que sem modas e dinheiro, vão encantando o meu coração com músicas bonitas, sentidas e nostálgicas.
É então no limiar da noite que perco as forças, após um dia recheado de momentos bons menos bons, que adormeço para amanha acordar com novas forças, ou seja, renascer a cada dia, porque cada dia é diferente do anterior, e, sendo assim, quero ser um «eu» novo a cada hora, minuto e segundo.

15 janeiro 2011

Caminho sombrio

Já não existem metáforas ou comparações, ou até mesmo, perífrases que decifrem o enigma do meu coração. A dor dos símbolos carismáticos da antiguidades está presente em cada artéria do meu ser. Todo o seu objecto tem uma duração limitada e um fim condicionado. Os tempos mudam e as vontades também acompanham essa mudança, tal como diria o nosso grandioso poeta - Luís Vaz de Camões - que caracteriza com uma grande metáfora aquilo que é o amor - "amor é fogo que arde sem se ver". Esta invisibilidade mata-me: não consigo encontrar as definições concretas da maior força do mundo, da essência da vida humana. A quilometragem do meu coração, única capacidade estruturante capaz de encontrar a definição deste "sentimento", já não é propriamente inicial. A vida já me reservou imensas armadilhas, imensos buracos, como aqueles que os Espanhóis caíram, nas teias assassinas que o nosso grandioso, Nuno Alvares Pereira, deitou na Batalha de Aljubarrota, quando estes tentavam invadir Portugal no século XIV. Assim estou, encostado à berma, sozinho e abandonado, à margem de um vento fraco e um céu escuro e duro e frio. Assim estou, sem ninguém, nem à espera de ninguém. Quero estar assim, melancólico, sonhando, porque ainda não se paga imposto para sonhar, a não ser que no próximo Orçamento de Estado, já exista um imposto para taxar um Sonhador.

Sérgio Miguel, 15 de Janeiro de 2011

Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')