10 maio 2013

Mudanças?

As coisas não são aquilo que parecem ser. Existem correlações fortes entre a idade e as decisões, isto é por vezes é necessário tomar decisões difíceis em função de caminhos que são necessários para cumprir objectivos. Por mais que tentemos, os objectivos qualitativos nunca são apreciados, uma vez que vivemos numa geração que acredita mais em números do que em "emoções" e perspectivas. É sempre pedido para justificar-mos afirmações: porquê? Cada um é livre de dizer o que quiser e devemos de apelar ao bom senso para que quem escreve tenha cuidado com o que afirma. Estou farto de viver numa sociedade que precisa constantemente de credibilidade e veracidade para tudo, e sublinho tudo. Só com base em "cousas já escritas e provadas" é que podemos construir conhecimento, porquê? Gosto de construir algo de raiz  que seja 100% genuíno. Estou cansado, de ter que seguir sempre coisas padronizadas, e nunca apelar a mudança. O espólio de documentos padronizados, de vidas padronizadas e de sentimentos padronizados não são um modelo a seguir emocionalmente, mas um modelo a honrar racionalmente. Estou cansado de ter que escrever bem a minha língua, se é minha sou livre de escrever a minha língua como eu quiser. Estou cansado de ter que seguir os procedimentos para validação de métodos de avaliação dos comportamentos do ser humano, porque o ser humano não é uma máquina e não podemos estudar todos os comportamentos do mesmo! Fatores que influenciam o seu comportamento? TODOS!

Ás vezes, sou uma folha em que podem colocar que 1+1=2, mas também que 1+1+1-1=2, porque está verdadeiro. O resultado é igual, a forma de chegar lá é diferente. Mas o que será mais importante? O meio ou o fim? Posso ter um modelo de regressão: Y=mx, em que Y representa uma variável dependente, e o X uma variável independente. No entanto, o que é que varia em função de que? O Fim varia em função do Meio? Ou ao contrário? - pergunta retórica? - Vivo em função de objectivos mensuráveis e qualitativos. Aquilo que faço é em função dos meus objectivos. Logo, F(x)=mx, em que a variável dependente é a minha acção e a independente são os meus objectivos. Portanto, os meios variam em função dos teus objectivos. O que eu eu faço e tu fazes são acções resultantes das tuas origens e dos teus objectivos. Observa:

- Um jogador quer ser campeão.
- Para ser campeão é preciso ganhar.
- Para ganhar é preciso marcar golos.
Logo, um jogador marca golos.

O jogador marca golos porque quer ser campeão, ou seja toma esta atitude porque tem um objectivo. E todos nós somos assim, meras "máquinas sentimentais" que tomam atitudes em função dos nossos objectivos.

O amanhecer já não é igual e tudo tem um estudo generalista, e eu não encontro a secção em que encaixo. Cada vez é mais difícil preservar a minha identidade numa sociedade colectivista, em crise.  O sentimento de unidade está a ser levado ao extremo, com um caminho que percorremos todos juntos. No entanto, devemos de apelar ao nosso individualismo, à nossa identidade e à nossa caracterização. A recessão económica está a causar profundas alterações estruturais na sociedade portuguesa, e embora nos torne mais unidos (alguns!) também tem implicações nas identidades.

Pensamos que somos livres, mas não somos. Vivemos numa sociedade acorrentada pelo modelismo e pelas tendências que todos nós seguimos. Tudo o que tu vês, sentes, escutas, cheiras e tocas influenciam a tua decisão: pensas que és livre, mas não és. Nunca ninguém foi livre, porque se o for é vazio. Ser livre é tomar uma decisão, entre A e B, sem estar influenciado. Pensa numa situação que tenha ocorrido este cenário na tua vida - alguma vez? ... bem me pareceu que não! Ser livre, é ser vazio. Para tomares uma decisão sem influências, é porque não tens origens, é porque nunca viveste qualquer situação! Todas as tuas acções são tomadas em função de algo, tal como viver numa ditadura, tudo o que tu dizes é em função de algo.

Sou um pedaço de folha rasgada acorrentada a uma sociedade sem valores. Perdi pedaços de mim na ria salgada, de um mar repleto de histórias de faina, em que já nenhum Moliceiro me poderá trazer o moliço que necessito para cultivar uma nova história. Necessito de um Mercantel para fugir desta sociedade, e um Veleiro para fugir desta tempestade.




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Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')