14 outubro 2012

Noite estrelada

Cheio de emoções, aqui estou perdido. Na falta de racionalidade assim sou - uma folha à deriva.
Foi no toque que nasceu a ilusão e uma ferida junto das fendas do meu coração. Já pouco "nos" resta de sangue, venoso e arterial. Por quanto tempo é? Uma noite?
Não sei o que grito, porque não sei o que sinto. Não quero dormir porque tenho medo que seja um sonho, um sonho não-real. Este sangue azul, verde e laranja, não sabe para onde vai, nem com quem vai. Preciso de algo.. Não quero pensar. Não quero amarrar. Não quero respirar!
Quero rasgar toda a minha roupa, quero sentir-me nu de uma sociedade que cria condicionalismos nos teus sentimentos, nas nossas emoções.
Quero esconder-me dos olhares atentos, quero fugir, sozinho ou contigo?
Quero o sal que outrora tive. O sal daquela paisagem, daquele refúgio que penetrava na imensa florestação.

Este toque no meu coração embala uma melodia sem fala. Uma melodia que nunca terá um dia, mas sim uma noite. Sobre o céu estralado, sobre estados alcoólicos permanentes e sucessivos novas linhas foram escritas no meu coração, no meu pulmão direito: "Era uma vez.." Quero gritar - gritos mudos - para que todos saibam o que sinto, não o que eu penso. Não quero deitar fora os meus pensamentos, porque "pensar incomoda como andar à chuva".


Quero sentir, mas quero partir(?)




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Cansaço

Cansaço
O puro olhar do limite :')